quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Tudo de novo
(último pôr do sol de 2006)
Poética (I)
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando
(Vinicius de Moraes)
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Filtro
Eu bebo água pra limpar a vida
das enascadas em que andei metida
(pura falta de filtragem)
Quase piro com a demora
que levou pra decantar
um elemento que age
como poeira espalhada
Atordoada com o pó
e as partículas suspensas
Engasguei. Preciso d'água
Lena, 2009
das enascadas em que andei metida
(pura falta de filtragem)
Quase piro com a demora
que levou pra decantar
um elemento que age
como poeira espalhada
Atordoada com o pó
e as partículas suspensas
Engasguei. Preciso d'água
Lena, 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
Gravidade
Ajeita a coluna, elas dizem
e acho tão elegante
Peitos pra fora, barriga pra dentro
como um soldado pronto
uma bailarina voando
mas a marcha cotidiana
já me exige por demais
Como querem que ainda lembre
de querer ser tão bonita?
Cabeça pesa, ombros caem
É a lei da gravidade
Quando a situação é grave
Lena, 10.2007
segunda-feira, 1 de junho de 2009
domingo, 29 de março de 2009
Palavras
Palavras são cortantes, não deviam
andar nas bocas de crianças, nem tampouco
de quem não foi treinado para usá-las
Uma vez afiadas e atiradas,
podem trinchar uma pessoa inteira
Sangue na alma, peso na aura
e o cortante nem verá
Palavras matam qual discreto vírus
enterram gentes dentro de gentes
Então, se no calor da briga,
não consegues medir o que dirás
.......................................Apenas cala.
(Lena, março de 2009)
terça-feira, 24 de março de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)